Introdução

Introdução

Depois do período de emergência no qual são realizadas as tarefas de socorro imediato destinadas fundamentalmente a salvar vidas e aliviar as necessidades mais urgentes da população afetada por um desastre, se inicia a fase de recuperação  pós-desastre, que compreende ações orientadas a reabilitação e a reconstrução.

A recuperação precoce (ou reabilitação) é a etapa de transição, a fronteira indefinida entre resposta a emergência e a reconstrução. Dependendo da perspectiva e a origem do financiamento, esta pode ser uma função humanitária ampliada ou ser o passo inicial para o desenvolvimento pós-desastre.

A reabilitação e a reconstrução implicam o desenvolvimento de tarefas na gestão dos desastres, cujo objetivo central é tratar de normalizar a vida das comunidades afetadas, tanto como restabelecer o funcionamento dos setores sociais (saúde, educação, moradia) e de setores produtivos (indústrias, comunicações, transporte, etc.)

Dependendo da severidade dos danos, da complexidade dos mesmos, assim como da disponibilidade de recursos financeiros, a fase de recuperação pode durar anos ou décadas.

No setor da saúde, a reabilitação e a reconstrução respondem a tempos e necessidades diferentes passando por um processo de avaliação de danos e perdas e de necessidades derivadas. A primeira etapa - a reabilitação - trata de assegurar o funcionamento em curto prazo dos serviços essenciais e estruturas que não tenham sofrido maior dano, com o propósito de seguir fornecendo os serviços necessários a população afetada. Já a segunda etapa - a reconstrução - implica no desenvolvimento de projetos mais complexos baseados na análise mais detalhada dos danos e necessidades causados pelo desastre. Os projetos resultantes devem estar orientados ao fortalecimento do setor para afrontar futuras contingências, fortalecer as ações de mitigação e de preparo no contexto de um planejamento para o desenvolvimento.